Governo desencoraja famílias nas zonas de inundações

 

O Governo do distrito da Beira aconselha as famílias vítimas de inundações a permanecerem nos centros de acomodação até que as autoridades que monitoram a situação autorizem o regresso.

O facto foi defendido pelo secretário permanente do distrito da Beira, Frederico Meque, acrescentando que as pessoas vão continuar nos centros de acomodação até que “esta situação esteja resolvida”.

O secretário permanente explicou que a diminuição de água nos bairros afectados pelos alagamentos está a ser muito lenta, daí que o regresso das famílias não seja prudente, ainda mais quando a época chuvosa continua.

Meque avançou que existem equipas no terreno a avaliar as condições das zonas afectadas, nomeadamente o grau de destruição, perdas e o nível das águas.

Apontou que só depois desta avaliação é que as autoridades poderão tomar qualquer decisão em relação ao regresso ou não destas famílias às suas zonas de origem ou ainda o seu reassentamento no distrito de Dondo.

A posição do executivo surge depois de algumas vítimas que se encontram nos centros de acomodação de Samora Machel e Sansão Mutemba terem manifestado o desejo de voltar às suas casas.

A Reportagem do “Notícias” esteve nestes locais e conversou com algumas pessoas, as quais sublinharam que para o seu regresso necessitam de apoio em chapas de coberturas, lonas e kits alimentares, de modo a retomarem as suas vidas, uma vez que ventos e as chuvas afectaram seriamente as suas casas e outros bens.

Por exemplo, Ivone Jorge disse que com os alagamentos e o ciclone Eloise a sua casa ficou sem tecto e todos os víveres que tinha ficaram molhados.

Ivone manifestou-se disposta a regressar à sua residência, desde que tenha ajuda do Governo ou outras entidades.

Alda Lourenço também afirmou que gostaria de receber ajuda para voltar à sua casa, que igualmente ficou sem cobertura.

Mas, diferentemente de outras pessoas, Alda Francisco, acomodada no centro de Samora Machel, aceita a proposta do Governo de recomeçar a vida no centro de reassentamento de Dondo.

Segundo o delegado do Instituto Nacional de Gestão da Redução do Risco de Desastres (INGD) de Sofala, Teixeira Almeida, estão disponíveis no Dondo cerca de 90 talhões para acomodar as famílias que pretendam recomeçar as suas vidas neste distrito.

Teixeira disse que o INGD estuda a hipótese de desactivar os centros de acomodação da cidade da Beira.

Nos próximos dias, deverá ser feito o alistamento de famílias dispostas a instalar-se em definitivo nos distritos de Dondo e Nhamatanda, ambos na província de Sofala.


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