Dragagem restabelece cota de profundidade

 


A COTA de profundidade do canal de acesso ao Porto da Beira, fixada em oito metros, acaba de ser restabelecida na sequência da dragagem de construção que culminou com a remoção de cerca de 150 mil metros cúbicos de sedimentos.

O facto foi tornado público ontem nesta cidade pelo PCA da Empresa Moçambicana de Dragagem (EMODRAGA), Domingos Bié, durante uma visita de trabalho à instituição da secretaria de Estado na província de Sofala, Stella Zeca.

Consequentemente, navios de arqueação bruta até 260 metros de calado já podem voltar a acostar à infra-estrutura portuária que assim passa a funcionar 24 horas por dia, com maior segurança ao tráfego das embarcações, produtividade e competitividade regional.

Em resultado deste trabalho, Bié afirmou não existir pelo menos até este momento qualquer reclamação dos operadores marítimos sobre a balizagem e navegação no Porto da Beira e seus tradicionais utilizadores.

Fez questão de recordar que, normalmente, os serviços de dragagem de manutenção são reservados às empresas nacionais, contudo Moçambique está sujeito a concursos públicos internacionais.

“O que acontece é que quando nós concorremos com os grandes dragadores do mundo aparecemos numa situação de desvantagem porque eles têm tecnologia e equipamentos ultra-modernos, baixando o seu preço a um mínimo em que não conseguimos competir em pé de igualdade”, justificou.

Com equipamento bastante velho e acima de sete anos de vida, exceptuando a draga Macuti, em reabilitação completa na vizinha África do Sul, a instituição tem um plano de investimento já submetido ao IGEPE avaliado em 54 milhões de dólares para renovação da sua frota de embarcações.

A EMODRAGA opera com duas dragas, Alcântara Santos e Aruângwa, de mil metros cúbicos de porão cada, e uma terceira alugada da China, denominada TONG TAN, de 2500 metros.

Entretanto, Domingos Bié revelou que já chegaram à cidade da Beira alguns flutuadores para a concretização do projecto de aterros urbanos, estando já em curso o processo de montagem da tubagem, faltando a parte marítima.

A repulsão das areias em alusão vai ser feita por uma draga específica, a TONG TAN, porém quatro técnicos chineses estão retidos no seu país devido à pandemia do novo coronavírus.


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