Estrada Tica-Búzi, em Sofala, estará pronta até Setembro de 2021
A asfaltagem da Estrada Nacional número 280, que
liga o posto administrativo de Tica, em Nhamatanda, ao distrito do Búzi, em
Sofala, será concluída em um ano e tem 134 quilómetros. Os utentes estão
ansiosos em ver a obra concluída, para o fim do calvário a que estão sujeitos
neste momento.
Avaliadas em cerca de 130 milhões de dólares
norte-americanos, as obras decorrem a um ritmo satisfatório, apesar de a
empreitada ter sido afectada pelo ciclone Idai, no ano passado, e agora
ressente-se dos efeitos da pandemia da COVID-19.
O empreendimento, cujo primeira pedra foi lançada em
Setembro de 2018, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, é considerado
estratégico, uma vez que vai dinamizar a circulação de pessoas e bens na
província de Sofala.
A via irá, igualmente, contribuir no
descongestionamento do tráfego das estradas nacionais números um e seis e, além
disso, vai encurtar sobremaneira as comunicações internas entre a sede do posto
administrativo de Tica e Casa Nova, na Estrada Nacional número um, no distrito
de Chibabava.
Ciclicamente, no período chuvoso, a estrada
Tica-Búzi-Nova Sofala ficava interrompida ao tráfego devido às inundações que
deixam a plataforma submersa. No Verão, a circulação de viaturas provocava
muita poeira.
Assim, concluída a asfaltagem em curso, o martírio
pelo qual a população passa diariamente ao usar a via chegará ao fim. Reina
ansiedade entre os utentes em ver a obra concretizada.
Estava previsto que a asfaltagem da estrada terminasse em Abril de 2021, mas os prazos foram alargados para Setembro do próximo, devido a factores conjunturais, com destaque para o ciclone Idai, que danificou significativamente tudo o que já havia sido construído até Março do ano passado.
Estava previsto que a asfaltagem da estrada terminasse em Abril de 2021, mas os prazos foram alargados para Setembro do próximo, devido a factores conjunturais, com destaque para o ciclone Idai, que danificou significativamente tudo o que já havia sido construído até Março do ano passado.
Neste momento, a execução está em 38 por cento.
Contudo, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João
Machatine, que visitou as obras, mostrou-se satisfeito com o nível de execução.
“Dois aspectos contribuíram negativamente no atraso
das obras: a dificuldade na contratação da mão-de-obra qualificada, ao nível
interno, e que pudesse manusear os equipamentos; e o ciclone Idai, que afectou
a província de Sofala, tendo destruído parte das infra-estruturas que já tinham
sido implantadas”, explicou o governante, acrescentando que isso “forçou o
alargamento dos prazos, de Abril de 2021 para Setembro do mesmo ano”.
Ainda de acordo com João Machatine a “parte mais
complexa” da rodovia em construção “está relacionada com as obras de arte:
pontes, pontões e aquedutos, que exigem uma engenharia acima do normal”. Os
mesmos “estarão prontas dentro de 45 dias”.
Em jeito de avaliação do que já se pode ver no
terreno, o ministro afirmou: “estamos satisfeitos com a execução das obras que
compõe 470 obras de arte. Destas destacam-se 13 pontes”, sendo “11 de pequena
dimensão e duas de maior realce. A principal será construída sobre o rio Búzi,
com 680 metros de extensão. Neste momento, a travessia é assegurada por um
batelão”.
Machatine explicou também que a pandemia da COVID-19
condicionou o número de trabalhadores nas obras e este facto contribuiu para
atrasar as obras. Entretanto, “o mais importante é sabermos nos adaptarmos a
esta realidade. Não podemos, nunca, inviabilizar os nossos projectos e o nosso
desenvolvimento por causa do Coronavírus”.
Naquelas obras há envolvimento de estudantes do ramo
de construção civil no Instituto Industrial e Comercial da Beira e da
comunidade local. Aliás, 1.400 trabalhadores são nacionais. Parte deles são
jovens locais
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