Gala Nacional do Desporto adiada
A Secretaria de
Estado de Desportos adiou a Gala Nacional do Desporto, evento que estava
agendado para o próximo dia 10 de Abril, como medida de prevenção ao
Coronavírus. Carlos Gilberto Mendes apela ainda a todas associações e
federações a observarem estritamente as recomendações do Chefe de Estado e das
autoridades de saúde.
A pandemia do novo Coronavírus entrou
em campo com efeitos nefastos em todo mundo, e o desporto não é excepção.
Cancelamentos e adiamentos de provas
tornaram-se inevitáveis, até para se evitar o alastramento e propagação da
doença. Em Moçambique, vários eventos foram cancelados ou até mesmo adiados
desde que o presidente da República, Filipe Nyusi, fez uma comunicação à Nação
na qual recomendou aos moçambicanos a evitarem eventos com mais de 300 pessoas.
Em resposta ao apelo do Chefe de
Estado, e em resultado da sua reunião consultiva, a Secretaria de Desportos
adiou a Gala Nacional do Desporto, evento anual que premeia os atletas que se
destacaram em várias modalidades e frentes.
“É uma gala que movimenta mais de 300
pessoas, logo não reúne as condições que são pedidas pelo Governo através do
Chefe de Estado para que não haja aglomerações de mais de 300 pessoas”,
clarificou Carlos Gilberto Mendes, Secretário de Estado de Desporto.
Atenta à evolução do coronavírus, a
Secretaria de Estado de Desporto apela a todas às associações e federações
desportivas nacionais a observarem as recomendações das autoridades de saúde em
todos recintos desportivos.
De resto, Carlos Gilberto Mendes
sugere que, as associações provinciais cujas provas não foram adiadas e irão
cumprir com as recomendações de não terem mais de 300 pessoas nos seus eventos
desportivos a disponibilizarem álcool nos recintos onde decorrem provas como
medida de higienização.
“As orientações sobre higiene
continuam as mesmas: lavar as mãos pelo menos vinte segundos, esfregá-las de
forma circular, entre os dedos, manter as unhas cortadas e lavar intensamente
no interior das unhas e ter sempre álcool, de preferência líquido, que é mais
eficaz que o gel. Se não tiverem sabão ou sabonete, podem lavar também com
cinza. Seria também importante que os organizadores de provas colocassem à
disposição, nos recintos, álcool para as pessoas desinfetarem as mãos”.
Neste momento, não há uma imposição
para se cancelar os eventos desportivos. Há, isso sim, recomendações para que
todos os eventos desportivos não concentrem mais de 300 pessoas como medida de
prevenção. “A imposição, quando chegar, será com a força de lei e de cumprimento
obrigatório. O que estamos a fazer, neste momento e porque não há nenhum caso,
é porque esta actividade desportiva envolve uma série de condicionalismos e de
aspectos financeiros tanto na preparação, concepção e calendarização dos
eventos. A orientação não é de cancelar. A orientação que temos é para
procurarem controlar as entradas até 300 pessoas e, se conseguirem ter menos
que isso, melhor. Este é o apelo que a gente continua a fazer”, explicou
Mendes.
Mesmo sem nenhum caso positivo
diagnosticado no país, e reconhecendo as dificuldades de controlo de entradas
nos recintos desportivos, o Secretário de Estado de Desporto quer que os
adeptos tenham maior consciência das suas responsabilidades atitudes perante a
ameaça do Covid-19.
“Quando se fala que temos muitas
dificuldades de controlo de entradas, mais uma razão para mostrarmos o nosso
grau de civismo e consciência para não irmos a sítios com mais de 300 pessoas.
É uma questão de consciência”, advertiu.
Monitorar a evolução da pandemia e,
caso a situação o exija, as autoridades desportivas nacionais, em coordenação
com o sector de saúde, poderão tomar novas medidas para evitar a propagação do
Coronavírus.
“Que as pessoas tenham consciência de
que não é um apelo do Chefe de Estado para fora só. É um apelo para cada um de
nós se proteger e também proteger a sua família”.
Fica também o apelo para que se evite
entrar em pânico e guiar-se por mensagens das redes sociais, até é fundamental
a responsabilidade no combate à pandemia.
“Temos que seguir estritamente as
indicações ou orientações que o Governo passa e não nos basearmos nas redes
sociais para tirar ilações ou acreditar em tudo que se diz, até porque muitas
vezes servem para desinformar e criar alguma agitação. Nada de pânico também.
Quando houverem orientações, é segui-las sem pânico mas com sentido de
responsabilidade”, apelou.
“A prevenção é a melhor arma”
“Até agora não há nenhuma orientação
para o cancelamento de jogos. Se associações ou organizadores de diversos
eventos desportivos acharem prudente cancelar provas, ate apoiamos. A prevenção
é a melhor arma que temos neste momento. Ainda não há registo de nenhum caso em
Moçambique. Todas as informações sobre a existência ou não de algum caso,
devera sempre ser dada pelos órgãos oficiais do Estado, particularmente pela
equipa do Governo a monitorar e a cuidar de todo o processo. Houve alguns jogos
realizados este fim-de-semana, depois da comunicação do Chefe de Estado onde,
contrariamente aquilo que foi o apelo do Presidente da República, tivemos mais
de 300 pessoas nos recintos desportivos. Queria alertar que este apelo é para a
protecção de todos nós. Quando nos próprios, sendo adultos, temos consciência
de cedemos o número de 300 pessoas, o mais prudente é cada um de nós
proteger a sua própria saúde porque o vírus não escolhe. O vírus não vai saber
se eu sou o 215 ou 202. O vírus vai apanhar qualquer um. Dai que, se nos
sentirmos que estamos num sítio que é propenso ou que mais facilmente se possa
contrair a doença, o melhor é se retirar”.
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