Marcelino dos Santos: Luta contra grupos armados honra a sua memória, afirma o Presidente da República


O Presidente da República, Filipe Nyusi, aludiu ontem à luta contra grupos armados no Norte do país como forma de honrar a memória de Marcelino dos Santos, um dos fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), cujo funeral se realizou hoje.
Partes num momento singular da nossa história, numa altura em que forças estranhas aos interesses dos moçambicanos procuram colocar um travão à nossa marcha rumo à paz e à nossa emancipação económica e social”, referiu.
“Perante o teu corpo juramos que, tal como no passado, não vacilaremos. Juramos defender com nossas vidas cada palmo do nosso território, soberania, unidade nacional, as conquistas do povo”, disse Filipe Nyusi, no elogio fúnebre que fechou o velório no salão nobre do Conselho Municipal de Maputo.
Marcelino dos Santos morreu aos 90 anos, em Maputo, no dia 11 de fevereiro, vítima de doença prolongada.

“Estamos aqui para celebrar a sua verticalidade, coerência, franqueza, o seu trato simples”, disse. “Entregamos o teu corpo, mas tu ficas connosco”, acrescentou o chefe de Estado, referindo que, segundo dizia o próprio Marcelino dos Santos, “trabalhando não há tempo para morrer”.
Após a cerimónia no salão nobre do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, o cortejo fúnebre partiu para o Monumento aos Heróis Moçambicanos.
A urna será colocada na cripta no centro da Praça dos Heróis, onde jazem o independentista Eduardo Mondlane e o primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, entre outras figuras.
Os ataques armados de grupos armados no Norte de Moçambique já provocaram pelo menos 350 mortos e 156.400 pessoas afetadas com perda de bens ou obrigadas a abandonar casa e terras em busca de locais seguros, numa província rica em gás natural, com megaprojetos de extração a serem construídos.
Nunca houve uma reivindicação da autoria dos ataques, com exceção para comunicados do grupo ‘jihadista' Estado Islâmico que, desde junho, tem vindo a chamar a si alguns deles, com alegadas fotografias das ações, mas cuja presença no terreno especialistas e autoridades consideram pouco credível

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