FOMOS ENGANADOS! O CIP DISTORCE INFORMAÇÕES E DESINFORMA MOÇAMBIQUE
▪
Problema da língua inglesa ou má-fé da CIP?
▪Fomos
Enganados por Muito Tempo. Vi isso na primeira pessoa
Por:
De Sousa (especialmente de Nova York)
NOTA
PRÉVIA:
Para
aqueles que acham que um simples moçambicano não pode comprar uma passagem de
ida-e-volta para os Estados Unidos sem recorrer à patrocínios, tenho uma má
notícia. É possível sim!!! Acreditar no contrário só demostra ausência de
auto-estima de ser-se moçambicano. Mas, vamos ao que interessa por agora.
1
- A MINHA AVENTURA
Aprender
como funciona a justiça da nação mais desenvolvida do planeta foi a minha
missão nesta viagem. E nada melhor do que aprender com um caso que envolve
ramificações moçambicanas.
Outra
missão que me incumbi nesta aventura foi saber se as informações que chegavam
sobre o julgamento de Boustani eram mesmo fidedignas, ou eram imbuídas de
laivos perniciosos com o intuito de desinformar ao povo moçambicano.
2
- MINHA CONCLUSÃO SEM CONCLUIR:
Muita
da informação que chegou a Moçambique sobre o julgamento de Boustani estava
inquinada de mentiras, exageros, tendencialismos e sensacionalismos por motivos
ligados à interpretação da língua inglesa e outras também por problemas de
interpretação de conceitos jurídicos.
No
dia do julgamento fiz questão de chegar ao tribunal antes sequer de entrar o
primeiro porteiro e de sair depois de todos saírem. Eu queria perceber tudo,
repito, absolutamente tudo que se dizia no julgamento.
Quando
o meu amigo Boris Nhamire, representante do CIP ( a quem muito agradeço por me
ter emprestado alguns megas do seu telemóvel) chegou ao tribunal muita coisa já
havia sido dita. E quando ele ausentou-se (porque certamente, precisava ser o
primeiro a informar sobre a absolvição de Boustani) eu e todos outros
permanecemos piamente no tribunal a ouvir tudo e mais alguma coisa. Como
jurista, precisava eu de acompanhar de ponta-a-ponta o que estava a acontecer.
A.
Quando o advogado (negro) de Boustani teceu as suas considerações finais, o meu
amigo Boris já lá não estava.
B.
Quando o juiz autorizou o Boustani a falar, o meu amigo Boris já estava fora da
sala de julgamento.
C.
Quando o representante do Ministério Público deu o seu ultimo desabafo em
palavras, nem sombra do CIP lá se via
D.
Quando o Honorable William Klutz II, deu o seu longo discurso ao jurado sobre
as conquistas do Estado de Direito Democrático não ví ninguém da CIP lá para
ouvir e registar.
3
- TESTEMUNHEI MOMENTOS NÃO VISTOS PELO CIP
Vi
ainda os choros, beijos, abraços, decepções, recomendações, lamentações e todo
tipo de emoções típicas de um seriado policial da NETFLIX. Tenho tudo registado
na minha mente e nalguns pedaços de papel que trazia.
No
vídeo que o CIP lançou para o ar (Youtube), sobre a absolvição de Boustani,
senti que toda informação dada relativa aos momentos depois da sentença,
pareciam sair da minha boca. Quero dizer, foi da breve conversa que troquei com
o Boris no final do julgamento onde eu é que lhe informei sobre as ultimas palavras
do Boustani e de outros intervenientes processuais e não foi necessariamente
trazida pelo próprio CIP. Se eu estivesse a mentir, o CIP estaria igualmente a
mentir, uma vez que naqueles momentos finais a CIP não estava representado
naquele tribunal.
Ademais,
senti que muito do que foi lá dito foi interpretado de forma incorrecta, onde
tive, mais uma vez, aparecer e explicar o que estava a acontecer. Isto é,
expliquei ao meu amigo que o juiz informava que um dos júris não se ia fazer
presente por motivos pessoais e que o mesmo seria substituído por outro que já
estava a caminho. Contudo, numa breve conversa, senti do representante do CIP
pouca clareza e até mesmo alguma breve distorção daquele facto o que me fez
levantar muitas suspeitas sobre a credibilidades das informações trazidas pelo
CIP. Ainda fiquei desapontado porque o meu amigo Boris, não citou no seu vídeo
que as informações post-julgamento lhes foram por mim fornecidas… tsk.
4
- NADA PESSOAL. A VERDADE EM PRIMEIRO
Não
é este um ataque pessoal ao CIP e muito menos ao meu amigo Boris, mas é um
alerta para toda sociedade sobre a credibilidade das fontes que nós confiamos.
Talvez
estejamos admirados com a absolvição do Boustani porque as informações que nos
chegavam eram incorrectas. Estou quase certo que fomos mal-informados por muito
tempo, mas que hoje o caldo entronou. Será que os 12 membros do jurado
Americano são todos uns distraídos?
RESUMINDO:
Mentiras
da CIP constatadas por mim, pessoalmente:
Não
foi a conversão da dívida em Eurobonds que safou Boustani
Não
foi a declaração de inconstitucionalidade das dívidas que reforçou a posição do
“casal de procuradores”
Os
jurados é que decidiram absolver Boustani e não o juiz. E o juiz explicou à
pari-passo como é que se procedeu, tendo eu ainda acompanhado todo e cada
documentos que os jurados iam pedindo, as discussões entre os advogados, mesmo
aquelas que eram off-record (porque estavam bem pertinho de mim, uma vez que
gosto de me sentar à frente) e muito longe do representante do CIP.
Esta
é daquelas situações em que um amigo te diz, mentindo, que “aquela dama me
disse que não aguenta contigo” mas quando vais lá ter com ela, ela responde com
um grande bolo na cara e tu ficas admirado. A tua admiração é porque foste mal
informado pelo teu amigo e não porque a dama seja má pessoa. Foi o mesmo que
aconteceu com a absolvição de Boustani. Fomos muito mal informados
Num
post autónomo irei me pronunciar sobre o teor das discussões e as mais
prováveis motivações do júri, por ausência de espaço.
Essas
críticas vão igualmente a outro amigo
meu, o Marcelo Mosse, porque reparo que o que está a fazer no momento é apenas
um simples eco da informação distorcida
do CIP. Falsas premissas e falsas conclusões.
Em
breve, mais virá
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